Como evitar fraudes em financiamentos

Segurança na hora de comprar um imóvel

Ainda que se acredite que, com todo acesso à informação do mundo atual seja pouco provável, o mundo econômico e comercial não está livre de fraudes. Mesmo com a tecnologia usada a favor, através de sistemas de segurança, senhas, biometria e outros, muitas vezes o ato de burlar o sistema vem de dentro, de quem, por uma lógica, deveria zelar por essa segurança.

A grande questão é: que tipo de vantagem está sendo obtida e quantos se beneficiam desses tipos de transações?

Contudo, não há como negar que muitas vezes as fraudes estão inseridas em vários segmentos, por meio de transações de contratos, não só imobiliários. E que a falta de informação é, em sua grande maioria, o principal motivo em que cada dia mais e mais pessoas sejam prejudicadas com isso.

É possível se precaver desse tipo de delito? Sim. No caso, basta ter o mínimo possível de ciência dos seus direitos como consumidor e nunca contratar um serviço sem antes se cercar de todos os trâmites que compõem a negociação. Em uma transação imobiliária toda ajuda e assessoria, principalmente as da área jurídica, são imprescindíveis.

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O comprador não precisa ser nenhum expert em documentação nem em transações de financiamento. Mas, ele tem o direito e o dever de ler cada cláusula que compõe o contrato. Os itens como parcela contratada, prazo de financiamento, taxa de juros devem ser observados atentamente. E, caso tenha alguma dúvida, sempre poderá recorrer a um profissional orientador.

Podemos citar, como exemplo, uma descoberta feita pela polícia federal em março do ano de 2015, referente a uma fraude no sistema de financiamentos da Caixa Econômica. Estima-se que o prejuízo girou em torno de mais de 500 milhões em contratos. Basicamente, o esquema era formado a partir da abertura de empresas fictícias em nome de parentes de funcionários da Caixa Econômica Federal. Essas empresas, por sua vez, eram contratadas pelo banco como correspondentes do setor imobiliário. E, embora fossem contratadas por pessoas físicas normalmente, usavam o nome das empresas como intermediadoras, gerando assim comissões indevidas.

O que mais chamou a atenção da polícia é que esses agentes montavam mini escritórios dentro das próprias dependências da Caixa Econômica e que os mesmos tinham acesso às senhas até então restritas aos funcionários do banco.

A Polícia Federal descobriu que, em uma das agências, todos os contratos estavam com algum tipo de fraude. Os envolvidos podem responder por crime de gestão fraudulenta, estelionato, peculato, corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, inserção de dados falsos e sonegação.

Basicamente, de uma forma geral, não há muito o que explicitar e concluir sobre fraude. Até porque se sabe que é algo que não há interesse em ser combatido e que sempre existirá no mundo das grandes transações. Ao consumidor cabe apenas a cautela de se estudar previamente cada transação que irá realizar.

Para tanto, deverá estar sempre atento a cláusulas contratuais, documentações apresentadas e, sempre, consultar profissionais especializados e gabaritados, a fim de que receba as orientações devidas para não ter surpresas em suas transações e negócios.